Monday, June 08, 2009

Hoje é dia dos Oceanos















Não é segredo: os nossos oceanos estão em perigo. Durante décadas a fio, a sobre pesca e a poluição têm contribuido para eliminar a vida marinha e degradar os ecosistemas oceânicos.
Estamos à beira de perder os últimos mares impulutos que herdámos dos nossos antepassados.
Contudo, a história do nosso oceano não é só feita de episódios negativos.
Oceano Agora é uma expedição de esperança, que tem por objectivo pesquisar, estudar e proteger alguns dos últimos lugares de maior biodiversidade e de maior pureza no Oceano, autênticos santuários marinhos.
QUAL O PROBLEMA?
O impacto humano na vida do oceano é global. Os cientistas estimam que 90% das espécies de peixes classificadas como grandes predadores, têm sido eliminadas pela pesca intensiva, enquanto que as águas costeiras sofrem más influências de algas e outros organismos animais.
Frotas industriais têm afectado a fauna e flora de muitas regiões submarinas que abrigam uma biodiversidade única e irrecuperável. Além disso, cerca de 1/5 dos recifes de coral do planeta estão mortos ou perdidos devido a mudanças induzidas pela actividade humana no mar.
Em particular os recifes de coral têm sido arduamente atingidos pelo efeito combinado de actividades humanas, nomeadamente a sobre pesca, desenvolvimento costeiro, poluição e aquecimento global. Um recife de coral saudável é como uma floresta tropical saudável com uma rica diversidade em águas cristalinas povoadas por grandes animais como tubarões, meros ou tartarugas marinhas.
Um recife degradado torna-se feio e castanho com a maioria dos seus corais mortos e cobertos por matéria orgânica. Tubarões e outros predadores de maiores dimensões fogem deste ambiente rodeado de algas e sedimentos.
Nestes lugares, a riqueza que Jacques Cousteau e Sylvia Earle tão bem documentaram há décadas, foi-se.
PORQUE PRECISAMOS DE LUGARES SELVAGENS?
O declínio da vida marinha tem vindo a acelerar; os ecosistemas marinhos saudáveis são cada vez mais residuais.
A ciência moderna começou a apresentar resultados muito depois dos homem ter começado a explorar e a contribuir para a degradação dos oceanos. Ainda não temos evidência rigorosa para compreender como eram os oceanos, o que perdemos e que opções ainda existem para o futuro.
Estas bolsas submarinas de vida marinha saudável, preservam espécies únicas, algumas das quais não foram ainda vistas, descritas e estudadas. Os poucos lugares selvagens que restam são necessários não só para nos instruir e para preservar espécies raras, mas também para inspirar as pessoas a preocuparem-se com a vida marinha e a contribuir para o aumento da procura pública pela conservação.
Nesta perspectiva estes lugares únicos e puros são autênticas máquinas do tempo, uma janela para o passado e uma pegada para um futuro melhor com desenvolvimento sustentável.
Oceanos mais saudáveis são o motor principal-armazenar e reciclar energia, estabilizar e renovar a nossa atmosfera, proteger a vida-que contribui para que o nosso planeta seja um lugar extraordinário para viver. Neste contexto os santuários marinhos são como diamantes raros que precisam de ser protegidos o mais rápido possível da perniciosa actividade humana.
O PORQUÊ DESTA EXPEDIÇÃO "Ocean Now" ?
Este projecto reflecte o espírito da exploração científica que tem caracterizado a National Geographic há mais de um século. Nesta expedição às Ilhas Line do Sul (Pacífico) a equipa da Ocean Now irá identificar e estudar cinco dos santuários de recife de coral, ecosistemas únicos no planeta.
Ao estudar as comunidades de coral que rodeiam ilhas de diferentes dimensões, poderemos determinar a área crítica minima que uma reserva marinha deverá observar, por forma a a proteger um ecosistema viável, assegurando a sua resiliência. Os dados científicos, fotografias e videos produzidos e recolhidos durante a expedição serão partilhados com os responsáveis políticos de Kiribati, por forma a informá-los sobre a sua herança natural documentando a necessidade de preservar este arquipélago único para as futuras gerações.
Para além destas ilhas, esperamos que o projecto contribua também para encorajar as pessoas a encara o oceano-apesar da sua imensidão-como um recurso finito e ameaçado, afectado por todos nós, de forma melhor ou pior, através das escolhas que fazemos em relação que que comemos e como vivemos.
Mais factos sobre os oceanos:
O oceano cobre 71% da superficie terrestre e contém 97% da água do planeta. Daí o factop da Terra ser muitas vezes referida como "planeta azul".
Cerca de 80% de toda a vida na Terra encontra-se debaixo da superficie marinha e o nosso planeta contém 99% do espaço vivo existente.
Menos de 10% do volume oceanico tem sido explorado pelo homem.
Destruuição do Oceano:
Cerca de 10% dos recifes de coral têm sido completamente destruidos. Nas Filipinas, onde a destruição do recide de coral é extensiva mais de 70% dos ecosistemas de recife foram destruidos e apenas 5% podem ser considerados em boa condição.
Cerca de 30% da população de peixes e mariscos com valor comercial, diminuiram 90% !
Esses stocks de pesca estão potencialmente irrecuperáveis.
Num estudo publicado pela Science, uma equipa internacional e ecologistas e economistas previu que pelo ano de 2048. "os oceanos estarão vazios de peixe...a causa: o desaparecimento de espécies devido à sobre pesca, poluição, destruição de habitats e mudança climática."

Thursday, April 30, 2009

Aquarius Research Lab - An Underwater Haven

A 18 metros de profundidade ao largo de Key Largo, Florida os cientistas
podem estudar os recifes de corais, bem como a flora e fauna marinhas neste original laboratório subaquático.
A logística está garantida. Os cientistas podem viver e trabalhar com toda a segurança a 18 metros da superficie. Podem inclusive encher as garrafas de oxigénio,descansar, trabalhar e tomar as refeições.
Os peixes por vezes invadem o espaço, mostrando os seus comportamentos territoriais com os biólogos marinhos e outros cientistas...
Fabuloso, um laboratório subaquático desta natureza.
Precisavamos de uma coisa deste género nas águas portuguesas para pesquisa e investigação e desenvolvimento...lembrem-se que um dos eixos estratégicos de desenvolvimento identificados em Portugal é precisamente o Mar.

Wednesday, April 29, 2009

Cenas de Naufrágios III















Mergulhadores nadam perto de um canhão do U.S.S. President Coolidge perto da ilha Espiritu Santo em Vanuatu. Construido em 1931 como um cruzeiro de luxo, o Coolidge foi convertido e transformado para fins militares durante a 2ª Guerra Mundial.
Afundou em 1942 depois de inadevertidamente ter chocado com uma mina americana enquanto fazia a aproximação a Espiritu Santo.
Imagine-se que esta ilha no Pacífico Sul - um paraíso para o mergulho amador - foi descoberta pelo navegador português Pedro Fernández de Quirós, que, que acreditando ter descoberto a terra australis incognita (Latin: “terra desconhecida do Sul”) que ele estava a tentar descobrir para a coroa espanhola, chamou à ilha Tierra Austrialia do Espíritu Santo;

Cenas de Naufrágios II


A abundância de recifes pouco profundos transformou as Ilhas Virgens Britânicas (http://www.britishvirginislands.com/) num paraíso para mergulhadores e num pesadelo para os skippers e comandantes de navios...
Nesta foto, os restos de um rebocador descansam no seu túmulo caribenho arenoso...
Para os divers que se aproximam o rebocador tem um aspecto fantasmagórico, como que surgindo de uma "névoa subaquática", mas depois o fantasma, torna-se numa bela surpresa para os wreck hunters...

Cenas de Naufrágios I














Peixes e mergulhadores evoluem sobre os restos de um navio naufragado que colidiu com os recifes pouco profundos, ao largo das Ilhas Caiman nas Indias Ocidentais.
Naufragios desta natureza oferecem uma multiplicidade de interesses aos praticantes de mergulho amador, não só pelo aspecto cénico subaquático mas igualmente pelas espécies marinhas que buscam refúgio no que resta de barcos naufragados.

Thursday, March 19, 2009

Home Sweet Home !

Um caranguejo vermelho do kelp, aninha-se nas folhas da planta perto da baia de Bodega na Califórnia. As florestas de kelp crescem sobretudo em águas frias e proporcionam abrigo a centenas de organismos marinhos. Este tipo de habitats marinhos são igualmente importantes como berçário de muitas espécies, ajudando à sua preservação e reprodução. A ligeira subida da temperatura média verificada nos oceanos na última década, vem contribuindo para a lenta deterioração de alguns destes habitats ao condicionarem o crescimento do kelp e por extensão a sobrevivência de muitas espécies numa tendência muito semelhante ao que está a suceder com os corais...

Florestas Subaquáticas

Os kelps gigantes, são umas das plantas com maior taxa de crescimento no mundo e usam uma espécie de bolbos de flutuação como os que a imagem documenta, por forma a crescerem em direcção à superficie.

Tuesday, March 10, 2009

Nudibrânquios - Cromática Incrível !!!


Os nudibrânquios rastejam no seus dia a dia, tão nus e pegajosos como um recem nascido. Os ancestrais sairam das respectivas conchas há milhões de anos...são compostos apenas de pele, músculos e orgãos, deslizando em rastos melosos através dos fundos oceanicos e cabeças de corais em todo o mundo subaquático.
Encontrados tanto em águas pouco profundas e recifes, como no leito oceânico a 1600 metros de profundidade, os nudibrânquios sobrevivem em águas quentes e frias e mesmo em torno de cones ou condutas vulcânicas subaquáticas. Membros da classe dos gastrópodes e mais genericamente dos molusculos, estes animais, não maiores do que um polegar humano, vivem totalmente expostos, com as suas guelras formando pequenos tufos nos seus dorsos. (na verdade nudibrânquio significa "guelra exógena/externa", uma caracteristicas que os distingue de outras lemas do mar).
Embora possam utilizar os seus músculos para vencer uma corrente - alguns conseguem até nadar livremente - raramente se deslocam "com pressa".
Então porque motivo, em habitats cheios de predadores vorazes, os nudibrânquios não são devorados como camarões num barbecue ?
As mais de 3,000 espécies de nudibrânquios conhecidas, estão equipadas com dispositivos de defesa: possuem não só peles duras, rogosas e abrasivas, como também compensaram a inexistência da concha com armas eficazes como secresões tóxicas e células urticantes.
Alguns fabricam o seu próprio veneno, mas a maioria metaboliza o seu próprio veneno com base naquilo que come. Espécies que por exemplo se alimentam de esponjas tóxicas, extraiem e guardam os componentes irritantes no seu organismo e depois segregam-nos pelas células da pele ou glândulas quando são provocados.
Outras espécies de nudibrânquios formam cápsulas de sólidos e minúsculos ferrões, designados por nematócitos, ingeridos de corais de fogo, anémonas e hidróides. Imunes a tais "ferrões", os nudibrânquios dispõem esta "artilharia roubada" ao longo das suas próprias extremidades.
Como se pode concluir a bela cromática destes pequenos seres marinhos, aparentemente indefesos, sobrevive como um arco-iris em ambiente hostil...

Medina Carreira sem pápas na lingua

Medina Carreira entrevistado por Mário Crespo na SIC em 09/03/2009.
Com a sua habitual frontalidade, isenção, ética, independência e sentido
crítico Medina Carreira desconstrói de forma escorreita o actual sistema
político prevalecente em Portugal, com a coragem que se lhe reconhece.
"Partidos Políticos=Bancos Alimentares"
"Projectos megalómanos sem retorno económico"
"Justiça, Saúde, Educação - pseudo reformas anunciadas"
À questão colocada por Mário Crespo sobre o seu interesse na eventual
criação de um novo partido, MC respondeu taxativamente:
"Já duas ou três pessoas me convidaram...para quê ?!...já existem demasiadas
casas de passe em Portugal...para quê criar mais uma ?!"
Nesse contexto defendeu um regime de cariz presidencialista...
Video clip a ver e rever como testemunho de um espírito verdadeiramente
independente, que diz o que pensa, sem rodeios:

http://sic.aeiou.pt/online/video/informacao/mariocrespoentrevista/2009/3/mario-crespo-entrevista.htm